quinta-feira, 26 de maio de 2011

História Bíblica – As Igrejas da Ásia [parte 01]

As sete Igrejas mencionadas em Apocalipse eram Igrejas reais nas cidades mencionadas. Elas representam todas as igrejas daquela época, bem como as igrejas de todas as gerações subsequentes. As cartas devem ser interpretadas histórica, pastoral e praticamente, com aplicação imediata instruindo aquelas sete igrejas asiáticas, com aplicação contínua a todas as igrejas locais por toda a história da igreja, com a aplicação pessoal contínua, exortando o cristão à ser um vencedor Ap. 2.10b, 3.11,21, 21.7, 22.7

Éfeso. Ap. 2. 1-7

Elogio: Rejeita o mal, persevera e é paciente;
Crítica: O amor por Cristo não é mais o fervoroso;
Instrução: Praticar as primeiras obras;
Promessa: A árvore da vida.

As crises existenciais nas Igrejas da Ásia (século I) são contemporizadas (século XXI), pois Jesus continua sabendo das obras da sua Igreja (tanto as boas quanto as más) e se manifestando entre ela.

Jesus conhece e reconhece o esforço da Igreja atual em obedecer o seu “ide”. Porém, o alto padrão de santidade de Deus (Êx.13.1-6, Is.6.1-7) não permite negar-Se a si mesmo (II Tim. 2.13), e tolerar crises de identidade em sua noiva, para tanto as cartas foram escritas: para alertar, prevenir e ajudar nas crises existenciais de identidade.

A Igreja de Éfeso havia deixado o primeiro amor. Jesus, sendo o maior interessado em purificar sua noiva e faze-la especial, zelosa e de boas obras (Tt.2.14), junto com a advertência dá o diagnóstico de cura: lembrar do erro, arrepender-se do erro e voltar a prática do que é correto: o primeiro amor. Geralmente, em casos graves os médicos apresentam dois diagnósticos. Um de minimizar o problema e as chances de cura e outro de consequências graves caso não seja praticado o tratamento. No caso da Igreja de Éfeso Jesus apresentou dois diagnósticos: ao vencedor do diagnóstico (arrependimento e volta ao primeiro amor) seria dado comer da árvore da vida (Ap. 2.7), porém, ao descumpridor do diagnóstico a sentença seria a escuridão, a perda do seu castiçal (Ap.2.5) o que poderá significar tormentos e morte espiritual e eterna (Mat. 22.12-13). Cuidemos pois para que a luz que há em nós não seja trevas tenebrosas (Luc. 11. 34-35)

A cidade de Éfeso.

A história de Éfeso é extremamente antiga. É possível que fosse a cidade de Apasa, mencionada em textos hititas do segundo milênio antes de a.C. No tempo de Paulo, era um porto importante com mais de trezentos mil habitantes. Hoje em dia, as ruínas de Éfeso se encontram cerca de 10km para o interior, mas mesmo no tempo de Paulo as embarcações tinham de navegar por águas rasas para entrar no porto cada vez mais assoreado.

Éfeso era conhecida por seu templo à deusa Ártemis (Diana). O templo original de 560 a.C. foi reconstruído entre 334 e 250 a.C. depois de um incêndio em 356 a.C. Media 104m de comprimento por 50m largura e possuía 127 colunas jônicas de mármore, cada uma com 17,4m de altura e 1,5m de diâmetro. O local permaneceu soterrado sob lama aluvial até 1874, quando o escavador inglês J.T.Wood usou indicações de uma inscrição antiga para encontrar o templo. Hoje, o lugar ocupado pelo templo é uma região alagadiça que sofre inundações frequentes. Apenas uma coluna foi restaurada parcialmente.

 
Em Cristo,
André Gonçalves.

Bibliografia:
Foto: Biblioteca de Celso, governador romano da Ásia, localizada em Éfeso.
Plenitude, Bíblia de Estudo – SBB
Nossa Revista – 4º Trimestre 2010 – Buscando respostas de Deus às crises existenciais na atualidade – Editorial CBC
Lawrence, Paul – Atlas histórico e geográfico da Bíblia, pág. 158 – SBB

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