domingo, 5 de maio de 2013

Teologia Sistemática – Os Milagres.


A Teologia evangélica está edificada sobre o sobrenatural. O nascimento virginal de Cristo, o seu ministério cheio de milagres, a sua ressurreição física dos mortos e a sua ascensão corpórea ao céu são apenas alguns dos numerosos milagres essenciais para o Cristianismo bíblico. O sobrenatural é um pressuposto tão importante para a teologia ortodoxa que, sem ele, o Cristianismo histórico ruiria. “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (I Cor. 15.14)

Cada uma das palavras que referem a ventos sobrenaturais (sinal, maravilha e poder) delineia um aspecto do milagre. Um milagre é um evento incomum (maravilha) que transmite e confirma uma mensagem incomum (sinal) por intermédio de uma habilidade incomum (poder). Do ponto de vista divino, o milagre é um ato de Deus (poder) que atrai a atenção do povo de Deus (maravilha) para a Palavra de Deus (por meio de um sinal). Estas palavras designam, respectivamente, a “fonte” (o poder de Deus), a “natureza” (maravilha, incomum) e o “propósito” (sinalizar algo que vai além do fato em si) de um milagre. Eles são normalmente utilizados como sinais para confirmar um sermão, como maravilhas para verificar as palavras de um profeta, como milagre para ajudar a estabelecer a sua mensagem (Jo 3.2/ At 2.22/ Hb 2. 3,4/ Mc 16. 17-20).

Um milagre, portanto, é uma intervenção divina, ou uma interrupção, no curso regular do mundo que produz um evento com um objetivo definido, o qual, apesar de incomum, não ocorreria (ou não poderia ocorrer) de outra forma.

A Bíblia informa pelo menos três propósitos para um milagre:
1)   Glorificar a natureza de Deus (Jo 2.11, 11.40);
2)   Confirmar as credenciais de certas pessoas na posição de porta-vozes de Deus (At 2.22);
3)   Proporcionar evidências para que haja fé em Deus (Jo 6.2,14/ 20. 30-31).

Finalmente, os milagres da Bíblia apresentam um aspecto teológico. Ao contrário da magia, eles jamais são realizados para divertir as pessoas (Lc 23.8). Eles têm um propósito distinto: glorificar o Criador e servir como evidência para que as pessoas creiam, conferindo credenciais à mensagem de Deus através do profeta de Deus.



Em Cristo,
André Gonçalves


Bibliografia:
Geisler – Norman – Teologia Sistemática – CPAD – vol. 1, pág. 39, 43,44

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